segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um olhar sobre alguns resultados eleitorais

Ao ganhar, ontem, as eleições legislativas, o PSD ganhou também uma tremenda responsabilidade. Terá de demonstrar aos portugueses que está à altura de superar as dificuldades nacionais. Será, sem dúvida, uma dura tarefa que exigirá um pulso forte e muita transparência, para que o cidadão comum possa, também ele conscientemente, enfrentar a crua realidade dos dias maus que se avizinham. Para isso, é fundamental que Passos Coelho saiba seleccionar os que, através da sua conhecida e reconhecida experiência, o irão rodear.

O grande derrotado, o PS, terá, agora, tempo para reflectir nos erros que o levaram a tamanha derrota e passar à acção. Sócrates demitiu-se e não irá, nos tempos mais próximos, ocupar qualquer cargo no partido, o que será uma mais-valia para os socialistas e uma porta aberta para o renascer de um grande partido político cuja ideologia e valores reflectem os anseios da maioria da população nacional. É este o partido que terá de saber responder ao desafio, fazendo uma oposição credível, justa e, obviamente, construtiva.

Reflexão é, também, a palavra de ordem para o Bloco de Esquerda, partido que sofreu a segunda maior derrota destas eleições. É tempo de parar para pensar o levou o BE a esta situação. Contrariamente a Sócrates e a Rui Marques, do MEP, Francisco Louçã não tenciona demitir-se. A meu ver, um pouco mais de humildade traria benefícios ao partido. Resta aos militantes a decisão final.

Isabel Alves Teixeira