quarta-feira, 24 de junho de 2009

OUVIR PESSOA NO FESTIVAL SILÊNCIO!

Ditas pelo actor Filipe Vargas, as palavras de Fernando Pessoa poderão ser escutadas na sexta-feira, às 19h00, no Goethe-Institut, em Lisboa. “O Banqueiro Anarquista” foi transformado em audiolivro pela editora 101 Noites, com banda sonora de Alexandre Cortez, e será lançado na sexta-feira. A anarquia em voz alta.

Publicado pela primeira vez em 1922, na revista “Contemporânea”, “O Banqueiro Anarquista” é uma narrativa incisiva e irónica que discorre sobre o ideário anarquista. “Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro, grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa (...)” — é este o início da “voz” de Pessoa.

O audiolivro integra a colecção Livros para Ouvir, “que alia o prazer de ler ao prazer de ouvir”, e é o nono produzido pela 101 Noites, que convida o leitor “a descobrir ou redescobrir os melhores contos da literatura mundial lidos por grandes actores portugueses”. A editora já usou este formato em textos como “Mulher de Perdição”, de Florbela Espanca (lido por Alexandra Lencastre); “Civilização”, de Eça de Queirós (lido por José Wallenstein); “A Estranha Morte do Prof. Antena”, de Mário de Sá-Carneiro (lido por João Perry); “Sempre Amigos”, de Fialho de Almeida (lido por Eunice Muñoz);“Um Jantar Muito Original”, de Fernando Pessoa (lido por São José Lapa); “Sete Mulheres”, de Camilo Castelo Branco (lido por Nuno Lopes); “Querida Mãe – Cartas de Escritores às Mães” (lido por Filipe Vargas); e “O Gigante Egoísta e outros Contos”, de Oscar Wilde (lido por Rosa Lobato de Faria).

Rita Pimenta, Público online

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tenista português em Wimbledon

Torneio de Wimbledon: Frederico Gil estreia-se hoje (23 de Junho de2009)

Tenista português melhor classificado no ranking do ATP Tour, Frederico Gil regressa, esta terça-feira, à competição, para defrontar, no Torneio de Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada, o francês Paul-Henri Mathieu, 38.º do Mundo.

Abordando um jogo que está marcado para o campo n.º 15, com início cerca das 12:00 horas, Gil já afirmou que «vai ser um encontro difícil», já que, em sua opinião, «o Paul-Henri Mathieu é um adversário muito sólido com uma boa estrutura de jogo do fundo de campo».

De resto, sobre o muito que se tem falado sobre si, nos últimos meses, o tenista português pede para que «não queiram fazer de mim uma figura de pop-star», defendendo que «sou apenas mais um jogador que anda no circuito. Já estive em 66.º lugar, agora desci mais umas posições e à minha frente estão muitos e bons jogadores. E se estão à minha frente é porque são melhores».

in diário digital



Registe-se a postura do tenista e compare-se com a daqueles de quem se fala diariamente, no futebol, é claro!

domingo, 7 de junho de 2009

"Lobos" vencem Espanha

Raguebi

Já que os nossos canais televisivos apenas se dedicam ao futebol, (sem comentários) sejamos nós a noticiar a vitória da selecção nacional de râguebi, os “lobos”, que brilhou ao bater a Espanha por 19-12, ontem, sangrando-se campeã do Torneio Internacional de Ostrava.
Esta vitória assegura a presença de Portugal na fase final do Campeonato Europeu de Sevens, que terá lugar em Hannover, nos dias 11 e 12 de Julho.

CANAL TELEVISIVO NA NET PARA PAIS/ENC. ED.

Palavras para quê?
Leiam e pasmem!



Confap quer lançar TV online para pais no próximo ano lectivo

A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) prevê lançar um canal televisivo na Internet já no próximo ano lectivo, revelou hoje o presidente da estrutura. "Vamos tentar que a estação funcione já no próximo ano lectivo", disse Albino Almeida.

O dirigente referiu que a "TV Pais" servirá essencialmente para fazer a "capacitação parental" dos encarregados de educação, ou seja, para os ajudar a acompanhar melhor o processo educativo dos seus filhos. "Pessoas com provas dadas na Educação" serão convidadas a animar algumas emissões, segundo o presidente da Confap, que não adiantou nomes.

Para Albino Almeida, será desejável que os pais vejam a emissão de TV online nos computadores dos filhos, em "partilha". A selecção dos conteúdos e a orientação editorial do canal serão da responsabilidade directa da Confap, mas a instalação e manutenção técnica dos equipamentos, a montagem e execução dos programas, bem como a formação dos colaboradores do futuro canal de televisão ficam a cargo do Instituto Superior de Línguas e Administração de Gaia.

Um protocolo alusivo foi assinado sábado entre as duas partes. Na altura, o instituto superior de Gaia e a Confap acordaram também parcerias em pós-graduações, acções de formação, qualificação e reciclagem.

(in Público.pt)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

AVALIAÇÃO

Professores avaliadores só com especialização

por RITA CARVALHO - 01 Junho 2009

Conselheiros do ME foram às escolas ver aplicação do modelo. E concluíram que os avaliadores se sentem pouco preparados e sem muita capacidade para avaliar.

Os professores avaliadores devem fazer uma nova formação de médio ou longo prazo ao nível do ensino superior. Esta é a recomendação do Conselho Científico para a Avaliação dos Professores (CCAP) que considera que, actualmente, muitos não possuem experiência, competência nem perfil para avaliar os colegas, como prevê o modelo de avaliação. O relatório deste órgão consultivo do Ministério da Educação será apresentado à tutela nos próximos dias.

O Conselho não especifica o modelo dessa formação, que pode, por exemplo, passar por uma pós graduação. "Não nos compete propor o modelo dessa formação. Apenas propomos uma formação de médio ou longo prazo, numa instância do Ensino Superior. E dizemos que esta é uma das debilidades do sistema que dificulta a operacionalização da avaliação de desempenho", avançou ao DN Alexandre Ventura. O presidente do CCAP sublinha ainda que acções de formação pontuais e de algumas dezenas de horas não são suficientes para dotar os avaliadores das competências necessárias.

"Há professores que podem dar boas aulas e não ser bons coordenadores nem bons a avaliar os colegas", afirma. Muitos alegam falta de experiência, pouco à vontade para apreciar o trabalho dos seus pares, que se reflecte no receio de que isso afecte o relacionamento interpessoal, ou falta de perfil, explica Alexandre Ventura. Outros problemas e "tensões", acrescenta, advêm ainda de alguns avaliados não reconhecerem competências pedagógicas aos avaliadores.

Os conselheiros do Ministério da Educação estiveram dois meses em dezenas de escolas - ao todo em 30 unidades orgânicas que incluem escolas e agrupamentos -, a recolher informação sobre a execução do modelo.

"Fomos ver a história destas escolas. Como implementaram o modelo, que dificuldades encontraram e como as ultrapassaram. E perceber quais as causas dos ritmos diferentes que houve na operacionalização do modelo", explica Alexandre Ventura, sublinhando a heterogeneidade encontrada.

O Conselho Científico sublinha que a liderança e a capacidade de mobilização dos professores foi o factor determinante na execução do modelo. "Os que avançaram mais depressa foram os que tiveram mais capacidade de mobilização. Aconteceu isso mesmo com conselhos executivos que não eram fãs do modelo, mas sentiram que, por uma questão de profissionalismo, tinham o dever de dar o seu melhor", afirmou o presidente do CCAP. Alexandre Ventura diz mesmo que, nalguns casos, a mobilização fez-se como desafio, numa tentativa de mostrar que o modelo não era exequível.

O CCAP sublinha, contudo, que não lhe compete decidir o que fazer com esta avaliação e todos os problemas criados. "Essa é uma decisão política."