domingo, 26 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

Balanço positivo de quê?

A Ministra da Educação criticou hoje, categoricamente, os partidos da oposição que, no âmbito da avaliação de desempenho dos professores, apenas querem “suspender, parar, não fazer”. Para a Srª Ministra, o modelo que esteve este ano em aplicação nas escolas é "perfeitamente exequível” e diz confiar na capacidade das escolas a aplicação do modelo com justiça.
Sem dúvida, a justiça acima de tudo! E que justiça!...
Será que é esta a noção de autonomia de que tanto falam os nossos governantes?
Para quem esta salada se afigure difícil de digerir, eis as palavras da nossa Senhora Ministra.



sexta-feira, 24 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

sábado, 11 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Festival Silêncio

Professores receiam maus resultados no exame de Língua Portuguesa do 9.º ano

A A apreensão chegou quando começou o período de correcção e foi aumentando até ao fim. Apesar de também ter sido considerado "muito fácil" pelos estudantes ouvidos por jornalistas e de a Associação de Professores de Português ter considerado que parece haver "uma estratégia" para reduzir "a hipótese de erro" por parte dos alunos, os resultados do exame de Língua Portuguesa do 9.º ano, que serão conhecidos na segunda-feira, poderão não vir a corresponder ao que se esperava, alertam professores correctores ouvidos pelo PÚBLICO.

Ao contrário do que sucedeu com o exame do 12.º ano, tal poderá ficar a dever-se não ao conteúdo e apresentação das questões da prova, mas sim aos critérios de correcção elaborados pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) e à "enxurrada de instruções" que foram chegando praticamente até ao fim do processo de correcção, explicam. Segundo o Gave, estas "orientações são dadas em resposta às dúvidas colocadas" pelos correctores. "Não há alterações aos critérios de classificação, mas tão somente a sua clarificação em função das dúvidas colocadas".

Paulo Guinote, autor do blogue Educação do meu Umbigo, que este ano não corrigiu provas, mas já o fez antes mais do que um par de vezes, diz que o que sucedeu se tornou uma "prática comum": "Na sessão anterior à entrega das provas ainda se estão aferir critérios". Este processo em aberto pode levantar problemas. Como nem todos os docentes têm as mesmas dúvidas, os esclarecimentos acabam por obrigar a "revisões constantes", diz uma professora. Corre-se também o risco de existirem orientações que anulam outras ou que interfiram mesmo com os critérios de correcção, que são fixados depois de as provas terem sido auditadas.

Uma das muitas questões que este ano levantaram dúvidas diz respeito ao uso indevido de maiúsculas, que está incluído entre os erros de ortografia. Nos critérios de correcção, estes estão descritos como "factores de desvalorização", sendo descontado um ponto no caso de duas ocorrências. Uma "questão inteiramente escrita em maiúsculas é sujeita a uma desvalorização de três pontos", acrescentava-se também, o que motivou várias dúvidas e novas orientações sobre o que fazer se fosse este o único erro, o que implicaria um determinado uso das penalizações, ou se existisse uma segunda questão em maiúsculas, o que levaria a outro tipo de "sanções".

Mais critérios
Entre os correctores há quem frise que os critérios não só são cada vez mais, como mais pormenorizados, apesar ou também por causa das orientações posteriores. No exame deste ano, numa pergunta sobre um texto de Yvette Centeno, lembrava-se que "o rei refere-se ao príncipe como sendo demasiado senhor do seu nariz" e pedia-se depois para o aluno explicitar o sentido desta expressão. Uma questão aparentemente básica. Uma correctora chama, porém, a atenção para o seguinte: "O aluno que responde que 'o sentido dessa expressão é que o príncipe é muito autónomo, só faz o que lhe apetece' terá quatro pontos. O aluno que responde 'a expressão significa que o príncipe só faz o que quer' terá zero".


Clara Viana, Público online

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Stephen P. Heyneman opina sobre o Magalhães

O Magalhães não convence Stephen P. Heyneman que esteve em Lisboa para falar sobre a política educativa da administração Obama, na Universidade Católica Portuguesa, há uma semana.

“É um computador colorido. Gosto da sua portabilidade. O que me perturba é ter sido dado às crianças como se elas pudessem ter autonomia para trabalhar sozinhas. E os professores?”, pergunta. “Começaria por dar computadores aos professores para trabalharem e organizarem as suas lições. Era isso que recomendaria à vossa ministra da Educação”, responde. O que viu, no Porto ou em Lisboa, foi crianças a brincar com o Magalhães, “como se fosse uma máquina de jogos e não como se tivessem um computador para trabalhar”. “Não deve ter sido para isso que os computadores foram distribuídos. Certamente não eram esses os objectivos do Ministério da Educação, mas sim o da sua integração no trabalho escolar”, sublinha.


Heyneman lembra um estudo comparativo feito na Áustria e nos EUA sobre a utilização dos computadores. Enquanto na Áustria o programa foi um sucesso porque os professores foram envolvidos e tiveram formação para aprender a trabalhar e foram eles que ensinaram as crianças; nos EUA não houve formação, nem integração no currículo e os resultados do programa não foram positivos. É em estudos como este que Portugal deveria reflectir, aconselha.


in Público online