sábado, 24 de janeiro de 2009

O passado, o presente e a esperança no futuro!

"O presente constrói-se a partir dos ecos do passado com os olhos dirigidos para o futuro."
Maria Santos

E o dia amanheceu em paz...



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

SUSPENSÃO DA AVALIAÇÃO NO AGRUPAMENTO GÂNDARA-MAR - TOCHA

O Agrupamento de Escolas Gândara-Mar – Tocha, aprovou, no passado dia 13 de Janeiro, uma moção que reitera posições anteriormente assumidas pelos docentes, a rejeição e suspensão da avaliação.
Esta posição, que contou com o apoio de 88% dos professores, marca mais um ponto fundamental na luta desta escola contra a imposição cega e doentia de um processo de avaliação de desempenho sem credibilidade, que em nada conduz à valorização da escola pública.



MOÇÃO

Os professores do Agrupamento de Escolas Gândara-Mar / Tocha, reunidos no dia 13 de Janeiro de 2009, em conformidade com posições já anteriormente assumidas, rejeição e suspensão deste modelo de avaliação, reiteram a decisão de suspensão da avaliação, uma vez que as condições objectivas para a aplicação do modelo de avaliação de desempenho, mesmo que simplificado, não se alteraram, tendo em conta os seguintes aspectos:
1. Os docentes exigem que o modelo de avaliação da actividade docente constitua um instrumento fundamental de valorização da escola pública e do desempenho dos professores;
2. Entendem que qualquer alternativa ao actual modelo de avaliação do desempenho só pode passar pelo fim da divisão artificial da carreira em professores e professores titulares, uma fractura que descredibiliza o próprio estatuto profissional e a função docente e que a grande maioria dos professores contesta;
3. Consideram também que a simplificação agora publicada em Diário da República (Decreto-Regulamentar 1-A/2009, de 1 de Janeiro) não alterou a filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes. Este modelo não tem cariz formativo, nem promove a melhoria das práticas;
4. As alterações produzidas pelo Governo mantêm o essencial do Modelo, nomeadamente, alguns dos aspectos mais contestados como a existência de quotas para Excelente e Muito Bom, desvirtuando assim qualquer perspectiva dos docentes verem reconhecidos os seus efectivos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento na Carreira;
5. Outras alterações como as que têm a ver com as classificações dos alunos e abandono escolar, são meramente conjunturais, tendo sido afirmado que esses aspectos seriam posteriormente retomados para efeitos de avaliação;

Tendo em consideração o que foi referido anteriormente, os professores do Agrupamento Gândara-Mar / Tocha abaixo-assinados, coerentes com todas as tomadas de posição que têm assumido ao longo deste processo, reafirmam a sua vontade em manter a suspensão do mesmo.

Apelam ainda a que aconteça o mais rapidamente possível um processo sério de revisão do ECD, eliminando a divisão da carreira em categorias, e que se substitua o actual Modelo de Avaliação por um Modelo consensual e pacífico, que se revele exequível, justo e transparente, visando a melhoria do serviço educativo público, a dignificação do trabalho docente, promovendo assim uma Escola Pública de qualidade.

Tocha, 13 de Janeiro de 2009
Agrupamento de Escolas Gândara-Mar - Tocha

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lutar contra a injustiça não é um direito, é um dever.

Presidentes dos Conselhos Executivos “adiam” possibilidade de pedir demissão

Os presidentes dos conselhos executivos de 139 escolas do país, reunidos em Santarém para definir estratégias contra a “pressão do Governo” de que se sentem vítimas, decidiram hoje, por consenso, “adiar o pedido de demissão”. Num primeiro momento vão solicitar uma audiência à ministra da Educação a fim de pedir a suspensão do actual modelo de avaliação dos professores. A análise da resposta e de outras medidas a tomar será feita numa segunda reunião, marcada para 7 de Fevereiro.

De acordo com Rosário Gama, presidente do CE da Secundária Infanta D. Maria – uma das 20 escolas que convocaram o encontro de hoje – a proposta de pedido de demissão por parte de todos os PCE não chegou a ser votada. “Concluímos, por consenso, que se nos demitíssemos estaríamos a ‘deixar sem rede’ os colegas que nos elegeram”, explicou, considerando que “facilmente” o Governo os “substituiria por dirigentes não eleitos e menos capazes de apoiar os professores na luta contra este modelo de avaliação”.

Apesar de lamentar que o número de PCE presentes – representando cerca de 10 por cento das escolas do país – não tenha sido superior, Maria do Rosário Gama considerou que já foi “significativo”. “Este encontro foi convocado por correio electrónico e através dos blogues, de uma forma muito amadora e pouco organizada. Acreditamos que um segundo encontro será mais participado”, afirmou.

Na reunião, que decorreu à porta fechada, dois dos aspectos mais contestados terão sido a falta de peso da componente científico-pedagógica no actual modelo de avaliação” e o facto de este ter como efeito o “descentrar da atenção dos alunos e do processo de ensino e aprendizagem para a própria avaliação”.

In Público