quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE RESISTE

Pouco passava das oito e cinquenta. A chuva, que caía torrencial, obrigou dezenas de encarregados de educação a transportar as crianças e adolescentes à porta da Escola E.B.2,3/S João Garcia Bacelar - Tocha, onde os esperavam alguns professores resistentes que lhes entregaram um documento informativo dos motivos que os levaram a esta tomada de posição – a greve. Os pais sorriam, cumprimentavam e desejavam boa sorte àqueles que, encharcados até aos ossos, quiseram, pessoalmente, esclarecê-los.
No final, uma satisfação interior rutilava nos olhos de cada um dos professores. A compreensão demonstrada por todos quantos foram abordados valeu mais do que mil palavras.
Tudo isto, porque é, também, pelos alunos, pela dignidade do ensino em Portugal e pela defesa da Escola Pública que lutamos e dizemos BASTA a este governo que, sorrateira e maliciosamente, maltrata os futuros cidadãos activos deste país, tentando estupidificá-los através de leis cretinas que mais não fazem do fomentar a deseducação, a incapacidade de reflexão e, consequentemente, a incultura.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Escola E.B. 2,3/S comemora Centenário de Manoel de Oliveira
A Escola E.B.2,3/S. João Garcia Bacelar - Tocha contou, no passado dia 26 de Novembro, com uma sessão evocativa do Centenário de Manoel de Oliveira.
Duas dezenas de Professores assistiram à passagem do excelente documentário “Manoel de Oliveira – o caso dele”, após o que se seguiu um momento de conversa, dinamizado pelo Professor Fausto Cruchinho, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
AGRUPAMENTO GÂNDARA-MAR-TOCHA
SUSPENDE PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
POR UM ENSINO DE QUALIDADE
PELA RECONQUISTA DA DIGNIDADE PESSOAL E PROFISSIONAL
POR UMA ESCOLA JUSTA E EXIGENTE
Os Professores e Educadores do Agrupamento Gândara-Mar-Tocha, aprovaram, por larga maioria (84%), a suspensão da avaliação de desempenho docente, no dia 25 de Novembro, em RGP.
Entre muitas outras, as razões apontadas para esta tomada de posição prendem-se com a impraticabilidade, inexequibilidade e injustiça deste modelo de avaliação.
Os docentes do Agrupamento de Escolas Gândara Mar – Tocha, reunidos em vinte e cinco de Novembro de 2008, fazem saber que não contestam nem recusam ser avaliados. Consideram mesmo que a avaliação do seu desempenho profissional pode e deve ser encarada como uma importante componente do desenvolvimento profissional, contribuindo para a melhoria da qualidade da escola. Esta avaliação deve assentar na dimensão do trabalho cooperativo, perspectivado numa lógica essencialmente formativa e contínua, cruzando a responsabilidade individual de cada docente com a responsabilidade colectiva e organizacional.
No entanto, perante a aplicação do modelo de avaliação do desempenho instituído pelo Decreto Regulamentar n.º 2/2008 de dez de Janeiro, os docentes consideram que:
- Todas as evidências apontam para a impraticabilidade do modelo de avaliação, imposto pelo Ministério da Educação. A sua implementação nas Escolas tem mostrado que ele é inadequado, porque inexequível e injusto, em nada contribuindo para a melhoria do desempenho profissional docente, da qualidade da escola e das aprendizagens dos alunos;
- O processo de implementação da avaliação tem-se revelado bastante tortuoso, tecido num emaranhado normativo burocrático e contraditório, que alimenta um processo labiríntico e profundamente desgastante. Tem-se vindo a traduzir num enorme dispêndio de tempo útil em actividades que em nada contribuem para a desejável melhoria dos desempenhos profissionais, desviando os docentes daquilo que deve constituir o cerne da sua actividade: as actividades de ensino-aprendizagem, a actualização científico-pedagógica e o trabalho cooperativo;
- A maioria dos itens constantes das fichas de registo da avaliação não é passível de ser universalizada, uma vez que não são aplicáveis a todos os docentes; muitos outros não são ainda objectiváveis por não existirem quadros de referência para sustentação de critérios e indicadores. Estes aspectos põem em causa os princípios básicos da transparência e equidade do processo administrativo;
- A avaliação entre pares, se tem sentido numa lógica formativa, numa lógica classificativa, tendo em vista a promoção na carreira e consequente hierarquização, torna-se problemática e geradora de grande conflituosidade entre pares, dividindo artificialmente os professores e pondo em causa qualquer construção no sentido da melhoria colectiva da escola como um todo;
- O estabelecimento de quotas para as classificações de Muito Bom e Excelente, revelam que o seu real objectivo é o de institucionalizar uma relação hierárquica dentro das escolas e dificultar, ou mesmo impedir, a progressão na carreira, numa lógica claramente economicista, da qual se vislumbram duas consequências igualmente nefastas: o desincentivo dos docentes na melhoria das práticas e implicação na escola, ou a concorrência individualista no mostrar de “obra feita”;
- A preocupação com a implementação do modelo de avaliação veio descentrar os docentes e as escolas do que é a sua missão central, concebendo-se a avaliação como um fim e não como um meio, como se a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos dependessem exclusivamente da aplicação de um normativo de avaliação dos docentes, relegando para segundo plano a preocupação com as apostas genuínas e não utilitárias de melhoria;
- A melhoria dos resultados dos alunos, bem como o abandono escolar, são realidades que não dependem exclusivamente da acção dos professores e das escolas. Os contextos socioeconómicos e culturais, a acção da família e as atitudes dos alunos são componentes essenciais para o sucesso das aprendizagens e a valorização da escola. Sobre este propósito, ganha todo o sentido e pertinência a Recomendação n.º 2 do Conselho Científico da Avaliação dos Professores, que, nesta matéria, inteiramente se subscreve. Mais ainda, é absolutamente incontestável que os alunos não são sujeitos passivos no acto educativo, sendo co-responsáveis pelo seu sucesso. Ignorando este princípio, o modelo de avaliação dos docentes só poderá ter dois efeitos indesejados: a desresponsabilização dos alunos e o facilitismo na avaliação;
- Um processo desta natureza, pela complexidade do que está em causa, dos instrumentos que utiliza e dos efeitos que provoca, exige transparência de processos e decisões, coerência, precisão, credibilidade e fiabilidade dos dados que irão sustentar a avaliação dos docentes. Tal facto, torna incontornável a necessidade de um período de experimentação, sem qualquer efeito jurídico-legal na progressão da carreira dos docentes. Por outro lado, tendo em conta a forma arbitrária e administrativa com que se dividiu a carreira docente em duas categorias hierárquicas – sem que tal fundamentasse na evidência da experiência profissional de supervisão ou na posse de qualificações para a função de avaliação de professores – aconselha a um processo de formação prévia dos avaliadores, sustentado em práticas de observação e reflexão sobre o exercício da profissão docente, designadamente na sua dimensão científico-didáctica e pedagógica, devidamente enquadrado nas estruturas de orientação educativa;
- As sucessivas simplificações, ou aberturas para que as escolas simplifiquem, provam a referida impraticabilidade do modelo, aumentando o risco dos seus efeitos negativos e a responsabilidade das escolas e dos docentes nesses mesmos efeitos, do que poderão vir a ser acusados. Colaborar nestas adaptações aligeiradas, viabilizando a sua implementação, é abdicar da oportunidade de se exigir um sério e justo modelo de avaliação do desempenho, que sirva de facto para a melhoria do sistema educativo;
Pelo exposto, os professores deste Agrupamento decidiram suspender a participação neste processo de avaliação de desempenho até que se proceda a uma revisão concertada do mesmo, que o torne exequível, justo, transparente, ou seja, capaz de contribuir realmente para o fim que pretende: UMA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE.
domingo, 23 de novembro de 2008
Trova do vento que passa
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
domingo, 16 de novembro de 2008
Alegre em entrevista à TSF
“Não posso envolver-me numa campanha eleitoral se não estiver de acordo com o programa político nem com as políticas. Nem posso apoiar pessoas que nada têm a ver comigo”, disse Manuel Alegre.
O socialista sublinhou que “para apoiar Sócrates terei de apoiar alguns dos seus apoiantes, e isso não posso fazer”.
Segundo Manuel Alegre, "o partido [PS] neste momento é uma máquina eleitoral, é uma máquina de poder. Deixou de ter uma vida própria e uma vida autónoma, a direcção do partido é o Governo".
Num momento em que a “esquerda está muito debilitada” e que existe um “défice de oposição”, Manuel Alegre declara estar “disponível para facilitar o diálogo e o encontro entre pessoas de diferentes quadrantes, para pensar em políticas”.
Muitos daqueles professores não voltarão a votar PS
Admitindo estar muito impressionado com as convulsões no sector da Educação, devido aos protestos contra o modelo de avaliação que nas últimas duas semanas puseram nas ruas duas manifestações de docentes, Manuel Alegre sublinhou que "muitos daqueles professores não voltarão a votar PS".
Manuel Alegre manifestou o desejo de ver José Sócrates e a ministra Maria de Lurdes Rodrigues a ouvir as pessoas, aqueles que estão no terreno. “Muitas vezes, o problema dos governos é que funcionam em circuito fechado”.
“Faz-me impressão que os professores estejam a ser desmotivados, a perder a alegria e o gosto de ensinar”.
Para o socialista, o impasse entre Governo e professores não se resolve apenas com a negociação com os sindicatos. “Havia que encontrar uma forma de o Governo ouvir aqueles que estão no terreno!”.
Quanto ao modelo de avaliação dos docentes, Manuel Alegre considera que se deviam corrigir erros, tornando-o menos burocrático, “com coisas menos estapafúrdias” como o facto de um “professor recém-estagiário estar a avaliar outro que já tem um mestrado ou que até tem um doutoramento”.
domingo, 5 de outubro de 2008
Vamos ajudar a reflorestar o Amazonas?
O Ecoogler é um motor de busca que utiliza a tecnologia de Yahoo e que ajuda a reflorestar o Amazonas e a preservar os recursos naturais de água doce, assim como os ecossistemas vegetais mais ameaçados.

Cada busca realizada no Ecoogler contribui simbolicamente para reflorestar uma folha.
Por cada 10.000 buscas/folhas, Ecoogler doa o dinheiro necessário para que se plante uma árvore no Amazonas.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Afinal, quem são os irracionais?
Numa época em que a temática da Educação corre inúmeras páginas de jornais e abre noticiários televisivos em horário nobre, ainda há quem assista impávido e sereno a manifestações de clara e repugnante estupidez espelhada em actos de violência praticados por seres, que de pensantes apenas têm a fama, contra animais (talvez bem mais pensantes) indefesos.
Os slides que se seguem representam uma chamada de atenção não só a todos aqueles que, apesar de viverem no século XXI, se comportam como se vivessem na Idade Média, mas também aos que, testemunhas de situações vergonhosas, não as denunciam.
Haja dignidade.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Françoiz Breut - Si tu disais
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Acordo (des)ortográfico

"Jamais conhecerá bem as coisas o que não conhece as palavras". (Garrett)
E agora Garrett? Que dirias tu da tua pátria tão maltratada? Que dirias tu das ofensas às palavras que tão bem soubeste venerar? Como responderias tu se soubesses que a língua portuguesa era agora outra, a outra, aquela outra que nem tão pouco se escreve como se diz, nem se diz como se escreve, que pode ser esta ou a outra...
Agora, Garrett, poucos serão os conhecedores das coisas, uma vez que desconhecem as palavras.
Bem-haja quem disto tem consciência.
Isabel Alves Teixeira

quarta-feira, 4 de junho de 2008
Olhares Infatis escapam a espectáculo horrendo e medieval
A transmissão em directo às 17h00 do próximo domingo, em Santarém, já está cancelada. Se não acatar a decisão, a RTP terá de pagar 15 mil euros de multa.
A decisão é da 12ª Vara Cível de Lisboa, que respondeu afirmativamente a uma providência cautelar interposta pela Associação Animal.
A juíza Maria João Matos considera provado que as crianças que assistam a touradas "sem qualquer restrição" podem vir a aceitar a violência sobre animais como algo natural. "Trata-se de um programa susceptível de influir de modo negativo na personalidade das crianças e adolescentes", diz a sentença.
Expresso, 4 de Junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
25 de ABRIL SEMPRE!
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 23 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Mais um dos ensinamentos de Dalai-lama
Dalai-lama diz apoiar os Jogos de Pequim e critica violência
Líder tibetano chega aos Estados Unidos nesta quinta e afirma que viagem não tem finalidade política
REUTERS
Efe
Líder tibetano gesticula durante entrevista coletiva no Japão
quinta-feira, 10 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
Educação: escolas de Coimbra cumprem avaliação
Numa reunião realizada esta tarde na Escola Secundária José Falcão, em Coimbra, aqueles dirigentes escolares, provenientes de diversos concelhos do distrito, reiteraram, no entanto, que o regime de avaliação dos docentes criado pelo Ministério da Educação (ME) «continua a ter constrangimentos» na sua aplicação.
«Vamos proceder este ano à avaliação dos professores contratados e daqueles que estão no último ano do módulo do tempo de serviço necessário para progredir na carreira», declarou aos jornalistas, no final do encontro, o presidente do conselho executivo da escola anfitriã, Etelvino Rodrigues.
Essa avaliação parcial, segundo o mesmo responsável, será processada «através do regime simplificado» previsto na lei, recorrendo as escolas às fichas de autoavaliação dos professores e às fichas dos conselhos executivos.
Etelvino Rodrigues sublinhou que as escolas vão insistir, contudo, junto do ME para «que seja clarificado que é este regime simplificado», face às «interpretações díspares» que têm surgido quanto ao seu alcance e aplicação.
http://diario.iol.pt/sociedade/avaliacao-educacao-professores/937769-4071.htmldomingo, 6 de abril de 2008
Apesar de tudo... ainda vale a pena!

Na verdade, a dedicação de todos (professores e alunos) foi posta à prova e a conclusão não deixa dúvidas: apesar dos momentos terrivelmente difíceis por que temos passado, na nossa vida profissional, a vontade de ensinar, de aprender, de estar com, de partilhar, de viver a vida que sempre ambicionámos num clima saudável e de respeito mútuo foi uma constante ao longo destes dias.
Apesar de tudo... ainda vale a pena!
Isabel Alves Teixeira